segunda-feira, 30 de novembro de 2009

É tão fácil sentir desejo, voltades, sei lá... paixão. Paixões, olhares apaixonados, a garganta seca... até saudade. É fácil criar um espaço para alguém, bons momentos... dor de barriga... tudo isto é simples, acontece e multiplica-se. Desaparece e esquece-se... fazem-se sorrisos assim, lágrimas também, mas tudo numa base superficial... nada que uma boa noite de choro, uma tarde a ver filmes acompanhada de lenços de papel e gelado de chocolate não cure. Que um telefonema do melhor amigo não afague... e puff... tudo de novo e mais uma vez. Vai-se passando de paixão em paixão, desejo em desejo... noites de uma noite e noites de várias noites. Dias trocados, horas perdidas, sorrisos matinais a dois... e vai-se fazendo o tempo passar assim.
E depois?E o amor? Fica para depois.
O amor é assim, fica sempre para depois porque dá muito trabalho o amor. É demasiado dificil de conhecer, alimentar, tratar... é dificil té de encaixar, adaptar. Evita-se... porque no fim já se sabe o que acontece. Mas e se o amor não acontece? Ou acontece sem querer? Ou se não queremos que aconteça e já aconteceu? Ou se não deixamos que passe para amor? Não importa. O que importa é fugir do amor. Esquecer o amor. Fazer de conta que não há amor. Porque o amor é como quando se esquece alguma coisa, só se sabe depois da esquercer. O amor também só se conhece depois de já existir.

domingo, 29 de novembro de 2009

Dizem que o grande amor é só um
Que um grande amor nunca mais se esquece
Dizem que o grande amor não passa
Dizem também que não há um grande amor
Que existem vários
Que nos podemos cruzar com ele, ou nem por isso
Diz-se tanta coisa sobre o grande amor
Que dificil é saber o que é um grande amor...ou o grande amor
de carácter único, pessoal e intransmissivel
Eu já não digo nada
sinto. Talvez sinta e muito, ou nada
O meu grande amor?

Faço cucu a ver se ele aparece, ou se se assusta
Pois não sei se está ou se já foi.
Nem sei se algum dia existiu?
Faço buh.. na esperança que ganhe medo
e se enrosque debaixo do meu braço, ou morra de medo de vez.
Pode também ficar gago para o reconher ao longe.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009


momentos de olhar para dentro
Decompor-me... decompnho-me agora, e neste exacto momento, uma última vez...

E se eu te dissesse anda, vem...sem medo, sem nada que não seja amor
E vem para aqui... decide por este caminho, decide voltar.
Eu estou aqui e numa verdade crua e dura deixo escapar um:

Vamos os dois, anda por esta rua... e fica cá. Anda viver comigo, juntos... na mesma casa, no mesmo quarto, na mesma cama... no mesmo espreguiçar de bom dia, na mesma lareira da sala...no mesmo cobertor, no mesmo pequeno almoço... no mesmo banho, no mesmo beijo matinal, nocturno... no mesmo almoço, jantar depois do dia de trabalho. E quase a delirar, um mesmo "Gabriel", talvez "Beatriz"...

Pela última vez... decomponho-me para ti.
Hoje tive um sonho que não gostei
estranho, mas na sua estranheza a realidade

quarta-feira, 25 de novembro de 2009


Reflexos

terça-feira, 24 de novembro de 2009



sabe bem

Amor Platónico

para quê?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009


Passeios de Outono

Buddha Eden | Garden of peace


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O amor é aqui e agora.
...porque há uma grande diferença entre viver o amor com véus de desejo e de idealização e viver o amor com os pés no chão.
...é melhor olhar para o céu do que viver lá. A vida é cá em baixo.


Margarida Rebelo Pinto numa entrevista
acabou sem querer

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Faz de conta real

E agora vamos fazer de conta de aguentamos esta saudade que nos consome devagarinho
Dia a dia um suplicio distribuido por 24 horas, 1440 minutos , 86400 segundo...
Faz lá de conta que não te deitas cansado das horas que passas comigo às voltas por aí
E eu faço de conta que não acordo de manhã com o teu sabor ainda no corpo do encosto noite dentro
Confessa lá que fazes de conta que já não existe o meu lugar vazio...
na cama XXL onde dormes
no banho ainda ensonados com olhares de mimo
nos teu lábios o beijo repenicado de "até logo"
no olhar para atrás ainda com o rasto do beijo, a ver-me de costas
no telefonema sem assunto só para um carinho a meio do dia
na cozinhoa, a preparar o nosso jantar a dois
na companhia do copo de vinho, a relaxar
no sofá, enrroscados em lamachices, de mãos quentes e pés juntos...
Eu confesso que faço de conta que nem sequer me lembro de ti
quando escolho um vestidinho novo, que adorarias ver-me vestida
quando ponho a bandolete dos nossos passeios pelas ruas
quando ponho creme no corpo e não são as minhas mas as tuas mãos que o fazem
quando entro numa livraria e vou ver os livros que são tão teus
quando me sento horas num restaurante e na cadeira do lado estás tu de olhos em mim
quando conheço algo novo e é só a ti que queria mostrar
quando vou a algum lado por ti e não por mim
quando acordo e te digo bom dia baixinho

Vamos continuar neste faz de conta que faz de conta que nos faz felizes. Faz de conta que nos esquecemos, que o mundo é nosso em separado. Faz de conta que não falo contigo sem saberes. Faz de conta que sempre que o telemovel toque não penso que poderias ser tu. Faz de conta que quando és mesmo tu não fico com a boca seca, coração nas mãos e corpo a tremer. Faz também de conta tudo isto...

Faz de conta que fazemos de conta tudo isto e isto tudo.

Faz de conta...

Anda, vem fazer de conta que gostamos um do outro
Que me brilha os olhos de cada vez que ouço falar no teu nome
porque só tu és digno desse nome, e por tal ...todos eles são para ti
Vem fazer de conta que quando me vês passar todo o mundo pára
fica a ausência da respiração e mil e uma cores misturadas num momento.
Anda lá, vamos fazer de conta que quando nos tocamos
somos atropelados pela magia e passamos para um mundo encantado.
Eu vou fazer de conta que és o meu principe
E tu, faz de conta que sou a tua princesa.
Que existem dragões e bruxas más, velhinhas mentirosas e lobos maus.
Vá la entra neste jogo do faz de conta comigo
E faz de conta que existe um final feliz, com um "e viveram felizes para sempre..."
Faz de conta que a nossa história comoçou com um "Era uma vez..."
E faz ainda de conta que somos um em vez de dois.
Faz de conta que ainda acreditas, e qu faço de conta que acredito também.
Que neste faz de conta pouco ou nada existe de encantado
Vamo por uma última vez fazer de conta que isto tudo é a fazer de conta.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tenho segredos para contar...
a ti a ti a ti a ti a ti a ti
Só a ti...
Por isso fico aqui
Á espera de ti
Pelo segredo que te tenho a contar só a ti
Por ti
Para ti
De mim por ti
Vá lá...
Chega aqui
Tenho este segredo na ponta da lingua
para de passar a ti
devagarinho
até ti!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009



xiuuu
segreda-me qualquer coisa despercebida pela noite dentro
despercebida o suficiente para me arrepiares demasiado.
Com uma demasia que me faz encolher o nariz e engolir em seco...
Mas... xiuuuu, é importante que eu não perceba
e que passes despercebido.
Não quero sequer compreender o significado desse sussurro despercebido ao ouvido.
Esquece...ao ouvido não, atrás da nuca, naquele ponto... devagar para passares despercebido.
E pegas-me no cabelo delicadamente, deixando-me o pescoço completamente nu.
Sinto o frio a atravessar as costas... e o quente da tua boca a aproximar-se ...
sussurras-me qualquer coisa... que não descodifico, ainda não aprendi a linguagem dos arrepios.
Estás próximo...já quase não passas despercebido, e como que a disfarçar... beijas-me superficialmente aquele ponto meu tão meu.
E nunca mais passaste despercebido.
"I think I’d miss you even if we’d never met.”
[The Wedding Date]
saudades das nossas lamechices
hehe
"Do meu trinco pedaço e lho dou na ingénua fé de o ter menos distante."



Desculpa a ousadia, roubado de :

sábado, 14 de novembro de 2009

Assim o queiras....



Havia a solidão da prece no olhar triste
Como se os seus olhos fossem as portas do pranto
Sinal da cruz que persiste, os dedos contra o quebranto
E os búzios que a velha lançava sobre um velho manto

À espreita está um grande amor mas guarda segredo
Vazio tens o teu coração na ponta do medo
Vê como os búzios caíram virados p'ra norte
Pois eu vou mexer o destino, vou mudar-te a sorte

Havia um desespero intenso na sua voz
O quarto cheirava a incenso, mais uns quantos pós
A velha agitava o lenço, dobrou-o, deu-lhe 2 nós
E o seu padre santo falou usando-lhe a voz

À espreita está um grande amor mas guarda segredo
Vazio tens o teu coração na ponta do medo
Vê como os búzios caíram virados p'ra norte
Pois eu vou mexer o destino, vou mudar-te a sorte

À espreita está um grande amor mas guarda segredo
Vazio tens o teu coração na ponta do medo
Vê como os búzios caíram virados p'ra norte
Pois eu vou mexer o destino, vou mudar-te a sorte!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009



porque há sensações que nunca vou conseguir explicar.
não me deixes escorregar-te entre os dedos,
sabes que não sobras em mim.

terça-feira, 10 de novembro de 2009


"... dizia que nos dias de vento forte é preciso sair para a rua, porque nesses dias o vento muda alguns destinos."


As Cordas de Fátima Pombo


E se eu te contasse a história de um pescador... desse ser que se faz acompanhar pela solidão da cana de pesca nas horas vagas dos dias. Sem tempo e com tempo a mais, sem rumo e com finalidades. Um estar por estar, numa espera sem esperar verdadeiramente nada. Admiro o olhar vaidoso e cansado, perdido... desses que saboreiam o mar até quase o enjoarem, mas nem o chegam a enjoar... porque já é um vicio de sobrevivência.

Sinto-me a ressacar das minhas horas vagas, de sair de casa sem rumo, sem pensamentos, sem destino... e deixar os mesmos pensamentos ausentes começarem a surgir e organizarem-se devagarinho... de máquina na mão, distraidamente a fotografar alguma coisa que me prendesse a atenção...ou simplesmente que achasse gira. Falta-me o tempo sem nada para fazer, das minhas coisas loucas, das minhas vontades inexplicáceis, dos meus sorrisos por nada, da excentridade, da paz... do jazz que mexe comigo, do copo de vinho a acompanhar a saudade. Das noites de futilidades, shot a shot, o corpo dormente e demasiado leve, levado para qualquer lado na loucura que apetece.

Há Verões que não deviam acabar nunca!

Saudadesssssssssssssssssssssssss

=)*

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

S. Martinho do Porto






Foi bom para desenhar um sorriso!

sábado, 7 de novembro de 2009

Chegam-me noticias tuas entre o burburinho da noite. Entre conversas paralelas num bar encontrado numa esquina a caminho de sitio nenhum. Entre risos, sorrisos, olhares estranhos de gente ainda estranha à minha passagem... presenças novas e desconhecidas, uma sensação de bem-estar no meio de quem nada conhece de mim. Vou bebendo, trago a trago o copo que me colocaram na mão e na outra um cigarro que fumo lentamente a saborear as noticias que vão chegando. Absorvo-as porque era aquilo que mais desejava ouvir... no meio da saudade que não tenho. E vou trocando de conversa, vou trocando de companhia, sempre na tua ausência perfeita... finalmente quero rir e rir tão alto para que me ouças...para que tu também, saboreies esta felicidade que me consome devagarinho. E o burburinho é demasiado nítido agora, solto um suspiro de alivio como nunca o fiz...como nunca o irei fazer... finalmente deixei-te ficar no meio daquilo que vales, o nada. Quer vás, quer não vás...para mim já foste e por podes ainda, ficar para sempre por aí!

Gracias

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tenho dores fechadas em caixinhas
Contra mim, contra ti, contra lá,
Contra os dias que passam, a meu lado
Tenho dores fechadas em caixinhas,
contra aqui, contra ali, contra cá
Que me dizem, estou aqui, estamos lá
Ah diz-me la, diz me aqui
Oxalá, oxalá te veja a meu lado ao pé de mim
Tenho dores fechadas em caixinhas
Contra mim, contra ti, contra lá,
Contra os dias que passam, a meu lado
Tenho dores fechadas em caixinhas, contra aqui, contra ali, contra cá
Mas que me dizem, estou aqui, estamos lá
Ah diz-me la, diz me aqui
Oxalá, oxalá te veja a meu lado ao pé de mim, ao pé de mim
Ah oxalá te veja ao meu lado
Oxalá te veja bem aqui
Ai oxalá te veja a meu lado
ao pé de mim, ao pé de mim.
Glória à Hermínia ao marceneiro e tais fadistas
Glória à ginjinha ao medronho e à revista,
Glória à Hermínia,
Glória à Hermínia ao marceneiro e tais fadistas, à ginjinha ao medronho e à revista
Contra mim, contra ti, contra lá
Contra aqui, contra ali, contra cá
Contra mim, contra ti, contra lá,
Contra mim, contra ti, contra lá

Oquestrada, porque é giro

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Safei-me da saudade... por entre labirintos às escuras. Fui tacteando as memórias, cortando os laços de cetim, piquei-me em cada canto, chorei em cada passo, ameio os desamores inscritos nas paredes e do tecto caiam palavras da tua boca envenenada, e fui assim... fugindo do que é meu. Alimentei-me a comprimidos... overdose de drogas leves... um corte aqui e outro ali... embebedar-me dos sabores da noite... de cama em cama, casa em casa... quartos desfeitos, horas guardadas para depois.... vontades e desvontades. O apetecer-me porque sim ou porque não.

pormenores

terça-feira, 3 de novembro de 2009


Faltava um elemento
o nosso big bird :)*

a vida no seu melhor...












E foi um horripilante dia das bruxas =)

vida profissional lol

Para mim hoje nada mais do que Hoje.
Hoje porque Ontem já era, como o blog de um amigo e Ontem porque ontem ficará para sempre no livro da minha vida. E o Hoje tembém e o Amanhã logo será também. Não falemos em Agora, porque o agora é demasiado fugaz e repentinamente passa para o passado de hà um pouco atrás. E a fugacidade é demasiado nítida em cada segundo da vida que num segundo já não é Agora, nem neste momento... e passa a passado, novamente aquilo que já não é. Valerá então a pena pensar nestes assuntos que nada mais são do que pensamentos sem cientificidade nenhuma e quase uma réstia de insanidade pelas horas que vão passando e eu me ausentando do que Sempre quis e agora já não quero. Do que sempre foi Ontem, Hoje e Amanhã e agora já não é nada.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

"À noite, entre sonhos alterados pelo álcool e as drogas leves, tu apareces-lhe na cama e ele volta a sentir o cheiro da tua pele e volta a amar-te com todas as suas forças. Ainda que não acredites, tu viverás para sempre nele, tal como ele vive em ti, na memória das tua células, num passado que pode ser o teu escudo, mesmo que não seja o teu futuro..."


Porque foi das melhores coisas que lí nos últimos temposroubado de http://delilaah.blogspot.com/2009/11/isnt-it-ironic-dont-you-think.html