sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sei lá...

Deixas-me demasiado desprotegida dentro da minha necessidade viciada de liberdade. Odeio-te!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

e mais...



- O que é que te faz crer que tens uma razão para viver?

- Esperar-te no vão de todas as portas do mundo (...)

Díficil responder.
ainda acreditar em contos de fadas e historinhas de encantar

Excertos de Gatos e Blues

Nunca consegui imagina esse objecto que enche o planeta de desespero e de calma. Esse objecto que, à falta de melhor nome, chamamos amor, como poderíamos ter-lhe chamado bola, papel, banho, ou qualquer outra palavra dos milhões que existem e que não conseguem explicar nada.

Gallegos
numa página qualquer

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Excertos de um amor que é fodido

Matou-a numa manhã tão clara que nunca mais deixou de a ver.

domingo, 12 de abril de 2009

insane

Passa-me pela mente mil e uma imagens sem sentido o ligação. Tenho vontade, talvez vontades de embriagar-me de palavras, tanta sede de tantas que o resultado não seria concerteza algo que se le-se de ânimo leve. Apenas um louco qualuqer, talvez ainda mais louco que eu é que o poderia fazer. É que teria tempo no seu tempo para dedicar os olhos a observarem letras e tradizirem-noas em palavras, textos... e descodificar tais simbolos na língua portuguesa. Eu não me daria ao trabalho...por isso se estás a ler o que estou agora a escrever, aviso-te desde de já que não vale a pena a perda de tempo da tua preciosa vida, pois não vou dizer nada de especial, nem tão pouco que te possa interessar, ou despertar alguma coisa...! Também, se calhar, ou talvez não, não tenho muito mais para dizer. A não ser que estou apaixonada, talvez não seja apaixonada o termo certo. Por isso, se por acaso fores um neurologista talvez até me possas ajudar a descodificar esta vontade quase louca de escrever, como um vicio, uma necessidade que nos satisfaz. Existe alguma hormona, ou susbstânciam ou seja lá o que for, que nos provoque tal sensação? Giro, hoje estava a ver Tv e vi, não li, melhor ainda ouvi um senhor, cujo o nome não sei, explicar que para duas pessoas se apaixonarem existem determinadas substâncias responsáveis por tal: são os tais estrogénios e testosterona... E mais, que o desejo também acontece porque outras substânciazinhas ajudam e ainda a paixão... e que esta, a paixão, dura no máximo 6 meses. Tretas, balelas, mentiras, o que queiram chamar. Tenho paixões que duraram a vida todo, e ela, a vida, ainda não acabou. Mas não estou aqui para falar de paixões ou qualquer coisa que se por acaso, mero acaso se assemelhe. Mentirosa. A escrita é a paixão da minha vida. Então pergunto-me... como se perguntaram no livro estranho que leio agora, o tal da mesinha de cabeceira, "onde vamos renascer?". Eu posso especular acerca disto, mas para quê... se ainda estás a ler deves tar quase a desistir e a decretar-me um estado "insane". E olha que és capaz de ter razão, se por acaso até axares, porventura, o tema interessante podes parar por aí porque nunca leva a lado nenhum. Eu vou renascer contigo, ou melhor...talvez seja melhor nascer num sitio qualquer mas, e agora vem a parte gira, vou encontar-te na altura certa. No tempo certo. No local certo. E isto do local certo, do tempo certo... tem muito que se lhe diga e que eu não quero dizer. Não quero pensar. Não me quero distrair. Por isso, se ainda estás a ler...é porque só podes ser tão louco ou louca como eu. Já agora obrigada... é bom partilhar.

Vá lá...

Vá lá, não percas o rasto de perfume que deixo atrás de mim. Vá lá, não percas as palavras que te falo sem pronunciar uma única letras. Vá lá, chega aqui um pouco mais perto, tão perto de mim e não percas o molde das minhas pernas, dos meus braços, dos meus pulsos, dos meus dedos, dos meus pés, dos meus lábios. Vá lá, não percas a saudade que pinto por aí, em telas sem abrigo, guardadas num quarto qualquer. Vá lá, não percas o sorriso que te abriga a alma e te beija a face. Vá lá, respira fundo e não percas a saudade da saudade. Não percas, o mapa do meu mundo onde traço cada passo e te dou numa caixa sem fechadura. Vá lá, não percas as formas do meu corpo nos lençois amarrotados que ficam depois de sair devagarinho. Não percas nem mais um olhar meu para o teu. Vá lá, não percas as manhãs ensonadas onde respiramos fundo o ar frio da manhã. Vá lá, não percas nem mais um ressaca a dois, depois de uma noite decomposta de amor. Não percas, nem mais um dia de um quarto desfeito de amor, depois dessa noite jamais perdida de compostos de amor. Vá lá, não percas mais esses banhos de espuma, entre sorrisos e afectos. Anda lá, não percas mais esse copo de vinho, largo, quente, tinto, forte, a dois e entre dois. Não percas mais o embaraço, o rubor das faces... o toque sem jeito, o pé na tua perna, debaixo da mesa... não percas nao? Vá lá...

Não esqueças

Esquece lá a minha existência, travessa nessas curvas das tuas ruas. Esquece lá o meu olhar, trapalhão, por trás da porta da cozinha. Esquece lá as minhas mãos, irrequietas, debaixo dos lençois. Esquece lá o meu corpo, insinuante, no sofá da tua sala. Esquece então os meus paços, em bicos de pés, pelos teus corredores. Esquece também a minha imagem de costas, ainda de bicos de pés, pelo correder, apenas com a tua t-shirt. Esquece os meus pensamentos, perdidos, naquele café. Esquece também o meu sorriso, tão teu, quando passeio com a tua mão. Esquece lá os meus gestos, banais, que acontecem dia a dia. Esquece o toque, que encaixa em ti, que acontece num sitio qualquer. Esquece o riso, sentido, que desperta por qualquer razão. Esquece a língua, brincalhona, que te faz comichão no céu da boaca. Esquece as manhãs, tão frias, quando acordas sozinho. Esquece as manhãs, tão frias, quando acordas com qualquer corpo. Esquece lá as linhas, tão perfeitas, que tu teimaste em moldar(me). Esquece a voz, sussurrante, tão proxima do teu pescoço. Esquece também os pés, magrinhos, ainda com o teu toque marcado. Esquece por fim, que algum dia te tenha apetecido esquecer...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Flores?!

- Partimos?
- Partimos.

Maud não faz perguntas. Está pronta. Interrompem-se os contactos, fecha-se, tranca-se, rola-se, desaparece-se, passagem da fronteira, chuva e sol, abertura da casa, respira, agora, respira. Escuta, olha, cheira, bebe, respira. Mais tarde saberei onde ir. Dir-te-ei.

Philippe Sollers

terça-feira, 7 de abril de 2009

Execertos de um amor que é fodido

Ele lembrava-se do elástico com que prendia os cabelos e das flores vermelhas do vestido e da maneira de fumar e a vida parava-lhe no peito. Paralisava. Ficava em casa durante dias. De olhos abertos ou fechados, tanto fazia. Estava a olhar para ela. Não conseguia deixar.
"O amor é fodido"
Miguel Esteves Cardoso