segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Eu sou o chão
Tu és os pés
Eu sou a cama
Tu és o colchão
Eu sou o mundo
Tu o meu mundo
Eu sou a noite
Tu talvez a lua
Eu sou a pele
Tu quem sabe os sinais
Eu sou a história
Tu se quiseres o "Era uma vez..."
E depois, quase no fim, o "e foram felizes para sempre"
Eu sou a concha
Tu sem dúvida o mar
Eu sou a boca
Tu um dia a língua
Eu sou o hoje
Tu o amanhã e nós o para sempre
Eu sou o ventre
Tu aquele que nasce
Eu sou o livro
Tu a mão que desenha
Eu sou o sonho
Tu o sonhador
Eu o aro-íris
Tu a mistura do sol e da chuva
Eu sou o molde
Tu quem encaixa
Eu borboleta
Tu as minhas asas
E sou a morte
Tu o suicida
Eu sou um
Tu e eu somos uno

Não a esqueças
Embebeda-te dela
Não a percas
Desenha o mapa da vida dela
Não saboreies
Desfruta em pleno
Não a largues
Dá-lhe a tua mão, num partilha entre duas mãos numa só palma da mão.



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