segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Tenho saudade da complicação de estar apaixonada por ti, de me trocar por palavras enquanto te mentia a falar verdade e onde o não era sim e o sim era não, e o talvez era para sempre.
Tenho saudades de tropeçar nos teus pés de manhã por estar ainda com o quarto às escuras e reclamar contigo por estares nesse preciso local e não estares uns centimetros ao lado, onde eu já não tropeçava em ti e não me magoava sem doer.
Tenho saudades de não dar valor aquela mensagem xata e lamechas de manhã, ou e meio da tarde só para dizeres o quanto gostavas de mim e eu a pensar, "está bem" e a ter que voltar a lê-la novamente mais tarde porque já não me lembrava do que dizia.
Tenho saudades da banalidade de dormir ao teu lado, da devalorização do teu toque, do fazer amor por fazer, de manhã, ao fim do dia e à noite porque nisso sempre fomos demasiado sensíveis para deixar escapar.
E acabo por não ter saudades de nada, apenas saudade de ter saudades de ti...

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