conto, conto, conto...
contos os dias todos os dias, dia após dia
conto as horas, por minutos em segundos
conto o tempo e faço contas
e por mais que conte,
que tenha contado tudo até ao fim
que reconte e volte a recontar
não consigo parar a contagem
pará-la seria matar-te nos dias que nascem e que não morrem
porque te conto em cada um deles
e conto de novos os dias
conto cada respiração tua com medo que deixes de respirar
conto os quilómetros de distância
e na minha ignorância acredito que estás perto
conto as palavras desfeitas e refeitas
cada telefonema
cada contacto teu
conto as sílabas e desfaço os conteúdos das frases
porque não importam os conteúdos
não importa a lógica ou a sua ausência
conta apenas a tua existência
talvez a mera sombra da tua existência...
neste momento conto demasiado tempo
demasiada ausência!
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Há 3 anos
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